22 – Colabore materialmente com seu centro (terreiro/tenda/núcleo), não é responsabilidade do sacerdote custear todas as despesas de um trabalho que é coletivo. Procure saber como colaborar nas despesas, seja para dividi-las ou para pagar uma mensalidade/doação estipulada pelo dirigente. A manutenção material é tão importante quanto a espiritual, é sagrada e deve ser uma prioridade.
23 – Ao chegar no centro, desligue seu celular, procure deixar seus problemas de fora, evite conversas sobre o trânsito, política, futebol, dificuldades domésticas ou profissionais. Procure não se entregar a distrações, você está em ambiente sagrado, esteja consciente de si e do sagrado, sinta e perceba suas ações, sentimentos, pensamentos e palavras neste templo de religião.
24 – Não chegue atrasado aos trabalhos, procure chegar mais cedo, informe-se o quanto antes deve chegar. Ao chegar no centro seja útil, procure saber se precisam de você para a limpeza ou manutenção e organização do espaço e do trabalho que você vai realizar. Caso não tenha tarefas para fazer, procure meditar, melhorar sua reza, preparando-se para os trabalhos que, provavelmente, já começaram no astral.
25 – Fale baixo (juntos geramos harmonia) e movimente-se com calma e cuidado. Seja sempre cordial, tranquilo, respeitoso e bem disposto durante os trabalhos de Umbanda. Não grite, não corra, não faça movimentos abruptos sem necessidade, pois o estado emocional e a atitude dos médiuns influenciam diretamente no comportamento mediúnico.
26 – Não use o centro/terreiro para paquerar, flertar ou causar frissons. Os trabalhos de Umbanda não podem ter como objetivo encontros afetivos. O foco das reuniões de Umbanda deve ser sempre religioso, espiritual e de autoconhecimento. Evite chamar a atenção por meio da vaidade ou do ego. Caso comece a se relacionar afetivamente com outro médium, avise seu sacerdote, pois ele é responsável pelo que acontece dentro deste ambiente.
27 – Cuide de sua higiene, procure estar sempre com sua roupa branca, de terreiro, limpa. Esteja sempre atento ao odor dos pés (caso tenha que tirar os calçados), verifique o hálito e use desodorante sem perfume. Pois nada é mais desagradável que tomar consulta com uma entidade e ter que sentir “chulé”, mau hálito, CC vencido e outros odores desagradáveis.
28 – Cuide de sua alimentação. Nos dias de trabalho, evite carnes e ou alimentos de difícil digestão, abstenha-se de bebidas alcoólicas e relação sexual.
29 – Mantenha sempre acesa sua vela para o Anjo da Guarda e, quando necessário, firme sua direita e sua esquerda, tome seus banhos de ervas de descarrego. Aprenda como se limpar e descarregar de energias negativas, não deixe tudo por conta de seus guias ou de seu sacerdote. Não seja mais um dependente e nem se coloque como uma muleta, aprenda e conheça os fundamentos de sua religião.
30 – Trate com respeito e humildade todos os guias que trabalham no centro e não apenas os guias do seu sacerdote.
31 – Não ocupe o tempo do seu sacerdote com assuntos desnecessários, frivolidades ou banalidades. Provavelmente, outros irmãos também querem a atenção do dirigente espiritual.
32 – Procure entender que cada terreiro/templo tem regras escritas ou não, que devem ser seguidas à risca, tanto por médiuns, quanto por seus guias. Procure conhecer cada uma delas.
33 – Lembre-se, podemos comparar o centro a uma família em que, aos poucos, vamos conhecendo as dificuldades de cada um e aprendendo a conviver com elas. Também podemos comparar a uma orquestra, em que o sacerdote é o maestro e que cada médium deve seguir sua partitura, fazer seu papel, com a consciência de que cada um é uma parte do todo e, se cada um fizer sua parte, o todo estará, sempre, em harmonia.
34 – Todo Umbandista deve saber que a Umbanda é uma religião brasileira fundada no dia 15 de novembro de 1908 por Zélio de Moraes e o Caboclo das Sete Encruzilhadas. Por eles foi definida como: “A manifestação do espírito para a prática da caridade”. Podemos dizer que Umbanda é religião e que faz única e exclusivamente o bem. A Umbanda não faz amarração, não prejudica a vida de quem quer que seja, não é balcão de milagres e não tem obrigação de adivinhar, muito menos de provar nada a ninguém.
*Por Alexandre Cumino.