Mistérios da mediunidade

Mediunidade

Os mistérios divinos emanam de Deus e se manifestam nas pessoas como dons do espírito. Cada ser humano possui talentos especiais: alguns têm o dom de orar e se tornam benzedores, outros têm o dom de ensinar e se tornam instrutores, por exemplo. No entanto, no campo religioso, os dons assumem um caráter mais profundo. Aqueles que buscam a ajuda de uma pessoa dotada de um dom o fazem por acreditarem que serão ajudados, ou porque tentaram resolver seus problemas de outras formas sem sucesso. Esses indivíduos recorrem a benzedores, curandeiros ou médiuns, movidos pela desesperança ou pela fé. Alguns procuram pela fé, outros pela dor e pela angústia.

O Poder dos Benzedores

Mas, por que os benzedores possuem essa capacidade única de curar quando, em muitos casos, a medicina falha? Os mistérios de Deus têm um poder incomparável, concedido diretamente por Ele para atuar por meio das pessoas. Somos parte Dele e, por isso, podemos manifestar esses mistérios através dos dons que Ele nos concedeu. Além dos benzedores e paranormais naturais, existem os médiuns, que são os canalizadores dos dons dos espíritos.

A Mediunidade e sua História

Essas pessoas sempre existiram e sempre existirão, pois a mediunidade é uma faculdade muito comum, mas que foi historicamente combatida, especialmente pelos sacerdotes das religiões abstratas ou mentalistas. Durante a Inquisição, a Igreja Católica perseguiu e torturou aqueles que possuíam a faculdade mediúnica. O clero acreditava que a prática da mediunidade desafiava a autoridade da Igreja e não aceitava a eficácia dos benzedores e curandeiros. Esses indivíduos, apesar de serem muitas vezes mais eficazes que os religiosos, eram condenados como hereges e amaldiçoados.

O Paradoxo Religioso

O paradoxo é que, enquanto a Igreja perseguia os médiuns, esquecia que Jesus Cristo foi um médium curador, um benzedor e até um magnetizador. Ele também foi perseguido pelos rabinos da época, que não conseguiam aceitar sua divindade. Em tempos mais recentes, surgiram os “novos inquisidores”, que, geralmente provenientes de diversas vertentes religiosas, como o espiritismo, umbanda, candomblé, budismo e esoterismo, se afastaram dessas doutrinas porque não obtiveram os resultados esperados. Então, esses indivíduos buscaram respostas em reformatórios cristãos, onde, após aprender alguns salmos ou epístolas, se proclamaram como os “únicos salvos”, como se todos os outros estivessem destinados às trevas. Contudo, é importante ressaltar que muitos desses indivíduos foram levados à religião pela dor, pois não compreendiam os alertas que recebiam ao longo de suas jornadas espirituais. Em vez de aceitar, preferiram rejeitar aquilo que não conseguiam entender ou conquistar, e se tornaram críticos do que não podiam compreender.

A Diversidade Religiosa e a Busca pela Verdade

No entanto, ao observarmos essas situações, percebemos que pessoas de diferentes religiões praticam as mesmas coisas, mas cada uma se vê como detentora da única verdade. A religião, na visão de muitos, é um território disputado onde cada grupo acredita ter o acesso exclusivo aos mistérios divinos. O melhor caminho é respeitar as diferentes crenças, deixando que seus adeptos sigam a sua própria jornada espiritual, enquanto buscamos aprender e evoluir dentro da religião que mais nos atrai e que nos revela melhor o entendimento de Deus e seus mistérios.

Ativando os Mistérios Divinos

Quando um mistério é apreendido, conseguimos ativá-lo para o nosso benefício e para o benefício daqueles que nos procuram. O mais desafiador, porém, é essa compreensão. Muitos sabem que os dons espirituais existem, mas não compreendem como eles se manifestam em algumas pessoas e não em outras. No entanto, devemos entender que, se todos os mistérios provêm de Deus, Ele nos concedeu a capacidade de incorporá-los e utilizá-los para ajudar os outros. Isso é algo que tem acontecido ao longo da história, com médiuns curadores dando provas de que são portadores de dons únicos no campo dos fenômenos paranormais e mediúnicos.

A Função do Médium

Porém, um médium de incorporação não é apenas um canalizador do seu próprio dom pessoal. Ele é também o portador da faculdade de manifestar os dons dos espíritos que o procuram. Quando esses espíritos se incorporam ao médium, eles utilizam essa conexão para ajudar muitas pessoas. Assim, o médium não só manifesta seu próprio dom, mas também se torna um veículo através do qual os espíritos podem atuar, compartilhando seus dons com aqueles que precisam de cura, orientação e conforto.

*Inspirado no texto de Rubens Saraceni que leva o mesmo título.

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